Caixa prevê queda na inadimplência do agronegócio a partir de 2026

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

Carlos Antônio Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, previu que a inadimplência entre os clientes do agronegócio deve começar a cair no primeiro trimestre de 2026. Em uma entrevista exclusiva, Vieira destacou que a atual situação foi exacerbada por ações oportunistas que incentivam pedidos de recuperação judicial. Ele comparou o cenário atual ao que ocorreu no mercado imobiliário brasileiro há cerca de 15 anos, quando a liquidez excessiva resultou em dificuldades financeiras significativas.

Durante sua análise, o presidente da Caixa enfatizou que a inadimplência no setor agrícola atingiu 7,02% em 2025, refletindo uma combinação de fatores climáticos adversos e o aumento da taxa Selic, que encarece o crédito. Vieira também apontou que a situação foi agravada por advogados que promovem a recuperação judicial, o que ele considera prejudicial para o setor. A inadimplência no Banco do Brasil também subiu, atingindo 3,94% no primeiro semestre de 2025, um aumento significativo em relação ao ano anterior.

O executivo se mostrou otimista quanto ao futuro, afirmando que a curva de inadimplência está próxima do ápice e que a redução deve iniciar já em janeiro de 2026. Essa previsão é um alívio potencial para o setor financeiro rural, que enfrenta desafios consideráveis. Se a tendência for confirmada, poderá resultar em um ambiente mais saudável para o crédito rural e, consequentemente, para a economia brasileira como um todo.

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