A British American Tobacco (BAT) foi acusada de hipocrisia ao fazer lobby contra medidas de controle do tabaco na Zâmbia, que já são implementadas no Reino Unido. A subsidiária da empresa enviou uma carta aos ministros zambianos solicitando o adiamento ou a suspensão das proibições de anúncios e das advertências de saúde relacionadas ao tabaco. O lobby da BAT levanta preocupações sobre a influência das corporações na legislação de saúde pública em regiões vulneráveis.
O conteúdo da correspondência revela a pressão da BAT para evitar restrições que poderiam afetar suas operações no país africano. Enquanto a empresa já se adapta a normas rigorosas de controle do tabaco no Reino Unido, suas ações na Zâmbia contrastam com esse compromisso. A situação expõe um possível duplo padrão nas práticas corporativas, especialmente em relação à saúde pública em países em desenvolvimento.
As implicações desse lobby vão além da Zâmbia, refletindo um padrão global de resistência por parte das empresas de tabaco contra regulamentações que visam proteger a saúde da população. À medida que países africanos buscam fortalecer suas legislações sobre tabaco, a pressão de empresas como a BAT pode influenciar negativamente a saúde pública. Essa situação exige uma reflexão sobre a ética das práticas de lobby e o compromisso das empresas com a responsabilidade social.