O Brasil confirmou 37 casos de sarampo neste ano, incluindo três novas infecções na cidade de Primavera do Leste, em Mato Grosso. Apesar desse aumento, o país continua com o certificado de área livre da doença, pois a maioria dos casos tem origem importada, não havendo circulação endêmica do vírus. Os casos foram observados em sete estados, com 25 ocorrências em Tocantins e um em cada um dos estados do Maranhão, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
As autoridades de saúde explicam que os maiores focos, localizados em Campos Lindos (TO) e Primavera do Leste (MT), surgiram após a reentrada de pessoas infectadas vindas da Bolívia, que enfrenta surtos de sarampo. O Ministério da Saúde, em parceria com secretarias estaduais e municipais, monitora os doentes e seus contatos, além de realizar campanhas de vacinação para prevenir a disseminação do vírus. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatiza a importância da vacinação como principal medida preventiva e reafirma que as vacinas estão disponíveis gratuitamente para a população.
Embora a cobertura vacinal tenha alcançado 91,51% na primeira dose entre crianças, a segunda dose apresentou uma taxa de apenas 75,53%. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) reconheceu os esforços do Brasil em manter o certificado de eliminação do sarampo, mas retirou o status de eliminação para o continente americano devido ao aumento de casos em outros países. O Brasil intensificou suas ações de vacinação, especialmente nas áreas de fronteira, e está preparando um cinturão vacinal para evitar a reintrodução do vírus.


