O Brasil enfrenta um desafio significativo na saúde ocular, onde milhões de pessoas sofrem perdas de visão evitáveis, resultado de intervenções simples não realizadas. A proposta de um Plano Nacional de Visão Digital busca integrar inteligência artificial ao sistema de saúde, visando otimizar o atendimento oftalmológico e garantir acesso a tratamentos essenciais, como correção de erros de refração e cirurgias de catarata.
A Organização Mundial da Saúde estima que 1 bilhão de casos de deficiência visual poderiam ser evitados, principalmente por meio da correção adequada de problemas como catarata e erros de refração. Atualmente, a desigualdade no acesso a serviços oftalmológicos no Brasil é evidente, com regiões como o Norte apresentando taxas de cirurgia significativamente inferiores às do Sudeste. Essa disparidade ressalta a urgência de um plano que articule ações práticas e baseadas em dados para priorizar o atendimento.
A utilização de algoritmos de inteligência artificial pode revolucionar a triagem e organização das filas, permitindo um atendimento mais justo e eficiente. Para que essa proposta se concretize, é essencial capacitar profissionais e integrar a tecnologia aos fluxos de atendimento do SUS. O sucesso desse esforço depende da implementação de um comitê nacional para validação de algoritmos e auditorias contínuas, assegurando que a saúde ocular no Brasil avance de forma equitativa e eficaz.


