Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, cumprirá uma pena de 27 anos e três meses na superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ser condenado por tentativa de golpe de Estado. A determinação reflete questões logísticas e de segurança, segundo o professor de direito Fernando Capano, que enfatiza que a decisão não é resultado de apelos da defesa, mas sim da necessidade de um ambiente seguro para ex-presidentes.
Capano explica que a situação de ex-presidentes exige cuidados especiais, e que, embora Bolsonaro tenha um histórico militar, sua condição como ex-chefe de Estado prepondera em relação à sua patente. Ao contrário de outros ex-ministros e generais envolvidos, que podem cumprir pena em unidades militares, Bolsonaro não tem tal privilégio, o que justifica sua permanência na PF.
Com o processo já encerrado pelo Supremo Tribunal Federal, não há perspectivas de reversão das sentenças, embora as defesas ainda possam apresentar embargos até 3 de dezembro. Essa situação marca um momento significativo na política brasileira, evidenciando a complexidade das questões jurídicas que envolvem a figura de ex-presidentes e suas condenações.

