A economista-chefe do BNP Paribas, Fernanda Guardado, anunciou que espera que o Banco Central do Brasil comece a reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual em março de 2026, visando um fechamento de 12% até o final do ano. A declaração foi feita durante o 4º Seminário Macrolab, realizado em São Paulo, onde Guardado destacou a necessidade de observar o impacto dos estímulos econômicos já implementados.
Guardado explicou que, ao atrasar o corte da Selic para março, o Banco Central pode justificar essa decisão com base nas condições financeiras que estão se ajustando. Ela também ressaltou que a expectativa de inflação e a taxa de juros real podem influenciar a decisão do BC, que deve ser cauteloso diante das reações do mercado, especialmente em um ano eleitoral. A economista mencionou que a taxa de 12% é uma média considerando cenários positivos e negativos, dependendo da performance do real e do ambiente econômico.
Em sua análise, Guardado enfatizou que o Banco Central poderá ser compelido a interromper o ciclo de cortes se o cenário econômico se deteriorar. Alternativamente, se um plano claro e viável for apresentado por futuros candidatos, pode haver espaço para cortes adicionais. Assim, a trajetória da Selic está intimamente ligada ao cenário político e econômico que se desenha para o Brasil nos próximos meses.