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Biografia revela lado obscuro do Marquês de Pombal

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O recém-lançado livro ‘Primeira Biografia de Marquês de Pombal’ traz à luz detalhes pouco conhecidos sobre Sebastião José de Carvalho e Melo, figura central na história portuguesa do século XVIII. O manuscrito, encontrado após um incêndio no Mosteiro de São Bento, em Salvador, foi escrito por José de Mendonça e revela como o marquês, mesmo sendo um agente de modernização, utilizava métodos violentos para consolidar seu poder, manipulando tanto aliados quanto inimigos.

O texto, resultado de anos de pesquisa por filólogos da Universidade Federal da Bahia, expõe a dualidade de Pombal, que se destacou por suas reformas iluministas enquanto acumulava acusações de abuso de poder e assassinato. O autor do livro, que pertencia à Igreja, critica a ambição desmedida do marquês, que, longe de ser um mero conselheiro real, exercia um controle quase régio sobre o reino e a colônia brasileira, fomentando revoltas que viriam a eclodir mais tarde.

As implicações da biografia são profundas, uma vez que Pombal, apesar de suas reformas, deixou um legado de ressentimento no Brasil, culminando na Inconfidência Mineira. Sua queda após a morte do rei dom José I ilustra como o poder pode ser efêmero, mas sua figura continua a ser objeto de debate e análise histórica, reforçando sua importância nas narrativas de ambos os países, Brasil e Portugal.

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