Um tribunal de Londres determinou que a BHP é responsável pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais, que ocorreu em 5 de novembro de 2015. O colapso da barragem, considerado o maior desastre ambiental do Brasil, resultou na morte de 19 pessoas e na destruição de ecossistemas ao longo do rio Doce, afetando centenas de milhares de pessoas e diversas empresas que buscaram reparação judicial.
A juíza Finola O’Farrell destacou que a BHP não deveria ter elevado a altura da barragem antes do colapso, caracterizando essa ação como uma causa direta do desastre. A decisão do tribunal poderá ter implicações significativas para a empresa, que enfrenta processos de responsabilidade civil, além de potencialmente alterar a dinâmica de sua operação no Brasil, em parceria com a Vale, na joint venture Samarco.
A BHP informou que planeja recorrer da decisão, o que prolongará o processo judicial e poderá afetar o andamento de acordos e compensações já discutidos. Enquanto isso, o impacto social e ambiental do desastre continua a ser sentido, gerando uma discussão mais ampla sobre a segurança de barragens e a responsabilidade das empresas em casos de acidentes dessa natureza.