Os quatro principais bancos da Austrália, ANZ e Westpac entre eles, financiaram US$ 43 bilhões em empresas de combustíveis fósseis na última década. Um estudo da organização ambiental Market Forces indicou que aproximadamente US$ 30 bilhões desse valor foram direcionados para a expansão de projetos de carvão, petróleo e gás. Esse financiamento contínuo levanta preocupações sobre o compromisso do setor financeiro com a transição para fontes de energia mais sustentáveis.
Paralelamente, o governo de New South Wales anunciou um investimento de US$ 130 milhões destinado à construção de leitos para atender pessoas em situação de rua. Essa medida visa melhorar a infraestrutura de apoio social em meio ao crescente desafio habitacional na região. A combinação desses investimentos destaca a disparidade entre o financiamento de combustíveis fósseis e as iniciativas de assistência social, gerando um debate sobre prioridades governamentais.
As implicações desse cenário são profundas, com críticas crescentes sobre o papel dos bancos na mudança climática e na desigualdade social. Especialistas alertam que, sem uma mudança significativa nas políticas de financiamento, o avanço em direção a um futuro sustentável pode ser comprometido. Portanto, a sociedade e os formuladores de políticas precisam reconsiderar como os recursos financeiros são alocados entre setores essenciais e aqueles que contribuem para a crise climática.

