O Banco do Brasil (BBAS3) enfrentou um terceiro trimestre desafiador em 2025, reportando um lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões, o que representa uma queda de 60,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O aumento da inadimplência no agronegócio, que alcançou 4,93%, e o crescimento nas provisões em função de atrasos em pagamentos, impactaram severamente os resultados financeiros do banco estatal.
A deterioração da qualidade do crédito, principalmente nas áreas de soja e milho, tem gerado preocupações sobre a saúde financeira do Banco do Brasil. A instituição revisou suas projeções financeiras, elevando a expectativa de custo de crédito e reduzindo as estimativas de lucro líquido ajustado, o que sugere uma continuidade dos desafios enfrentados. As análises indicam que o cenário atual pode não melhorar no curto prazo, com a qualidade dos ativos ainda sob pressão.
A expectativa de recuperação do banco depende de sua capacidade de renegociar e limpar a carteira de crédito rural, especialmente com o suporte da nova legislação que facilita a reestruturação de dívidas. Enquanto isso, os analistas alertam que as ações do Banco do Brasil podem reagir negativamente à revisão das projeções, mas permanecem com uma perspectiva de melhora gradual no longo prazo, dependendo de fatores econômicos e políticos que influenciam o setor agrícola.


