O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou resultados insatisfatórios para o terceiro trimestre de 2025, reportando um lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões, o que representa uma queda significativa de 60,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aumento da inadimplência, especialmente no agronegócio, impactou negativamente a performance do banco, que continua a sofrer com a pressão de créditos atrasados e a deterioração da qualidade do portfólio.
Os desafios enfrentados pelo Banco do Brasil refletem-se nas suas projeções revisadas, que agora estimam um custo de crédito entre R$ 59 e R$ 62 bilhões, além de uma expectativa de lucro líquido ajustado entre R$ 18 e R$ 21 bilhões. Essa situação levanta incertezas sobre a recuperação no quarto trimestre e provoca cautela entre os investidores, que observam com atenção a evolução da inadimplência e a capacidade do banco de melhorar sua performance financeira.
O cenário atual exige que o Banco do Brasil desenvolva estratégias eficazes para renegociar e limpar sua carteira de crédito rural, cuja saúde afeta diretamente suas operações. Embora exista potencial para recuperação gradual em 2026, a incerteza política e econômica poderá continuar a pressionar as ações da instituição no curto prazo, dificultando uma reprecificação positiva no mercado.