Em 5 de novembro de 2025, o Banco Central do Brasil decidiu manter a Taxa Selic em 15% ao ano, uma decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom). Essa escolha ocorreu em um contexto de recuo da inflação e desaceleração econômica, e era amplamente esperada pelo mercado financeiro. A taxa permanece no seu nível mais alto desde julho de 2006, quando estava em 15,25%.
O Banco Central destacou que, apesar da desaceleração, a inflação ainda se encontra acima da meta estipulada, o que indica que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado. A instituição enfatizou a importância da cautela na condução da política monetária, considerando a incerteza do ambiente externo, especialmente em relação à política econômica dos Estados Unidos, que afeta as condições financeiras globais. Além disso, o Copom não descartou a possibilidade de novas elevações da taxa, caso seja necessário.
Com a Selic elevada, o acesso ao crédito torna-se mais difícil, o que pode desestimular a produção e o consumo, refletindo em um crescimento econômico mais lento. O último Relatório de Política Monetária já indicou uma diminuição na projeção de crescimento do PIB para 2025, refletindo as dificuldades que o aumento dos juros traz para a economia. Assim, a decisão do Banco Central mostra-se crucial para o controle da inflação, mas também apresenta desafios para o desenvolvimento econômico do país.


