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Balsas: expansão agropecuária e crise hídrica no Maranhão

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Balsas, um município no extremo sul do Maranhão, tornou-se um dos principais centros da fronteira agropecuária do Brasil nos últimos 25 anos, com a recente inauguração da maior biorrefinaria de etanol de milho da América Latina. Este crescimento econômico, no entanto, tem um custo alto, pois a cidade se destaca entre os campeões de desmatamento do Cerrado, colocando em risco a segurança hídrica da região, especialmente considerando que abriga a Bacia do Rio Parnaíba, vital para o Nordeste.

Dados recentes apontam que, apesar de uma redução no desmatamento, Balsas ainda desmatou significativamente mais do que em anos anteriores, o que levanta preocupações sobre o futuro das nascentes locais e a disponibilidade de água potável para as comunidades. Enquanto o agronegócio impulsiona a economia, muitos habitantes ainda enfrentam dificuldades para acessar água tratada, resultado de uma infraestrutura inadequada e da pressão das atividades agrícolas na região.

O debate sobre o equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental é intenso. Ambientalistas e moradores locais alertam para os riscos de uma crise hídrica crescente, enquanto autoridades afirmam que a legislação ambiental está sendo respeitada. A situação em Balsas reflete um dilema que se repete em diversas partes do Brasil, onde o avanço do agronegócio entra em conflito com a necessidade de proteger os recursos naturais e garantir a segurança hídrica.

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