A Auren Energia, com sede em São Paulo, anunciou um prejuízo líquido de R$ 403,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, revertendo um resultado positivo de R$ 197,2 milhões no mesmo período do ano anterior. O CEO da empresa, Fabio Zanfelice, apontou que a expectativa de cortes na geração de suas usinas renováveis já era prevista, mas foi intensificada por fatores como a sazonalidade da safra de ventos e uma redução significativa no consumo de energia devido a temperaturas baixas.
Os impactos financeiros foram acentuados por um aumento nos cortes de geração de energia nas usinas eólicas e solares, que resultaram em uma perda de R$ 130 milhões no trimestre. Além disso, a Auren está revisando sua estrutura interna após a integração da AES e considera uma reorganização societária que pode trazer ganhos adicionais e melhorar a eficiência na gestão de caixa. O vice-presidente de finanças, Mateus Ferreira, enfatizou a importância dessa mudança para concentrar ativos hidrelétricos e reduzir o número de companhias controladas de capital aberto.
Em meio a esse cenário, Zanfelice ressaltou a necessidade de um ressarcimento para as limitações das usinas, aguardando a sanção de uma medida provisória relacionada ao setor. Ele também expressou otimismo sobre a normalidade da próxima temporada de chuvas, crucial para a geração hidrelétrica no Brasil. A Auren continua focada na desalavancagem financeira, mantendo um índice estável de dívida líquida em relação ao Ebitda, e tem interesse em participar de futuros leilões de energia.