Ativistas do Just Stop Oil são condenados sem direito a defesa climática

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Seis ativistas do grupo Just Stop Oil foram condenados por perturbação da ordem pública após um julgamento de oito dias no tribunal de Southwark, em Londres. Os protestantes, que escalaram estruturas na M25 em 2022, pediam o fim de novos projetos de combustíveis fósseis. Durante o processo, foi negada a possibilidade de apresentarem uma defesa que incluísse fatos climáticos, ao contrário de outros ativistas que foram absolvidos em situações semelhantes.

As condenações levantam preocupações sobre a clareza da legislação em torno dos direitos de defesa em casos de protestos ambientais. Os advogados envolvidos no caso solicitaram maior transparência sobre as normas, uma vez que a ausência dessa defesa pode ser vista como uma violação dos direitos dos ativistas. A condenação dos seis manifestantes destaca as tensões entre a legislação e o ativismo ambiental em um momento crítico para as discussões sobre mudanças climáticas.

A sentença dos ativistas será decidida no próximo mês, e a expectativa é que o caso atraia mais atenção para a luta contra as mudanças climáticas e as abordagens legais adotadas por ativistas. Este desdobramento pode influenciar futuros protestos e a forma como o sistema judicial lida com questões relacionadas ao meio ambiente e direitos de manifestação. O debate sobre a proteção legal para ativistas ambientais continua a ser relevante em um contexto de crescente urgência climática.

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