Seis ativistas do grupo Just Stop Oil foram condenados por perturbação da ordem pública após um julgamento no tribunal de Southwark, em Londres, que durou oito dias. Os réus, que escalaram estruturas na M25 em 2022 para exigir o fim de novos projetos de combustíveis fósseis, não puderam usar uma defesa que permitisse a apresentação de fatos sobre o clima, ao contrário de outros manifestantes que foram absolvidos. A pena máxima para esse crime é de até 10 anos de prisão e a sentença será anunciada no próximo mês.
O caso gerou discussões sobre a interpretação da legislação relacionada a protestos, especialmente em um contexto onde a defesa baseada em fatos ambientais foi negada. A decisão do tribunal levanta preocupações entre advogados sobre a equidade no tratamento de ativistas, uma vez que outros protestos do mesmo tipo tiveram desfechos diferentes. A falta de clareza sobre a legislação pode ter implicações significativas para futuros protestos ambientais no país.
Com a condenação dos ativistas, o debate sobre os direitos de protesto e as políticas climáticas no Reino Unido se intensifica. A expectativa é que a sentença traga à tona questões sobre a repressão de manifestações pacíficas em nome da proteção ambiental. À medida que a crise climática se agrava, a resposta do governo a tais protestos pode influenciar a mobilização pública em torno de questões ambientais.

