Artista taiwanês Li Yi-fan critica sociedade digital na Bienal de Veneza

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O artista taiwanês Li Yi-fan, de 36 anos, vai representar Taiwan na Bienal de Veneza com uma proposta provocativa. Seu projeto apresenta um humanoide digital sem genitais, que é controlado como uma marionete em vídeos elaborados através de softwares de código aberto. A obra, que será exibida no dia 11 de junho de 2025, visa ironizar a sociedade do século 21, cada vez mais influenciada pelas redes sociais e pela inteligência artificial.

Li Yi-fan utiliza sua criação para explorar a realidade distópica em que vivemos, levantando questões sobre a desumanização e a alienação provocadas pela tecnologia. O artista expressa sua visão crítica ao fazer uso de um personagem bizarro, que parece aprisionado em um mundo digital, refletindo a luta entre a autenticidade humana e as interações mediadas por plataformas virtuais. A curadoria brasileira adiciona um viés cultural interessante à apresentação, ampliando as discussões sobre arte contemporânea e suas conexões globais.

A participação de Li na Bienal de Veneza não só destaca a criatividade do artista taiwanês, mas também provoca um diálogo necessário sobre o impacto da tecnologia na nossa sociedade. O evento é uma oportunidade para refletir sobre as implicações de vivermos em um mundo cada vez mais digitalizado e as responsabilidades que vêm junto a essa transformação. Assim, a obra de Li Yi-fan promete ser um ponto focal de debates entre críticos, artistas e o público em geral.

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