Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelenskiy e negociador de paz da Ucrânia, pediu demissão na sexta-feira, após uma operação da polícia anticorrupção em sua casa, em Kiev. A ação ocorre em meio a uma crise política marcada por investigações sobre corrupção que envolvem altos funcionários do governo, gerando forte indignação pública. Zelenskiy afirmou que considerará um novo nome para o cargo no sábado, destacando a continuidade do trabalho do governo.
A saída de Yermak reflete a pressão crescente enfrentada pelo governo ucraniano em um momento crítico da guerra com a Rússia. As investigações incluem um suposto esquema de propina de US$ 100 milhões ligado à empresa estatal de energia atômica, que envolve ex-autoridades e um ex-associado de Zelenskiy. Yermak, que não é considerado suspeito, colaborou com as autoridades, mas sua demissão foi exigida por parlamentares da oposição e membros do partido governista.
O impacto da demissão de Yermak pode ser significativo no contexto das negociações de paz e da luta contra a corrupção na Ucrânia, um aspecto vital para a candidatura do país à União Europeia. A União Europeia já manifestou preocupação com a situação, reafirmando seu compromisso em monitorar os desdobramentos. À medida que a Ucrânia enfrenta desafios internos e a pressão externa aumenta, a capacidade do governo de lidar com essas questões será crucial para sua estabilidade futura.