A Alemanha decidiu cancelar um leilão de artefatos do Holocausto, que estava agendado para esta segunda-feira, 17 de novembro de 2025. A decisão, tomada após reclamações de sobreviventes do nazismo, foi comunicada pelo ministro das Relações Exteriores da Polônia, que considerou a situação ‘ofensiva’ e necessária de ser evitada. O leilão incluía mais de 600 itens, como cartas escritas em campos de concentração, e foi alvo de críticas intensas pela sua natureza comercial.
O evento, programado para ocorrer em Neuss, no oeste de Berlim, foi batizado de “O Sistema do Terror” e incluía documentos que identificavam vítimas do regime nazista. Christoph Heubner, vice-presidente executivo do Comitê Internacional de Auschwitz, destacou que a venda de tais artefatos é uma ‘empreitada cínica’ que desrespeita a memória dos perseguidos. Ele enfatizou que esses itens deveriam ser preservados como parte da história, em museus ou exposições, em vez de serem tratados como mercadorias.
Com o cancelamento do leilão, a Alemanha busca evitar um escândalo que poderia ferir ainda mais a memória das vítimas do Holocausto. A resposta rápida das autoridades reflete uma crescente sensibilidade sobre a representação e o respeito à história, especialmente em relação a eventos tão traumáticos. O desdobramento desse caso poderá influenciar futuras decisões sobre a comercialização de artefatos históricos e a forma como a história é apresentada ao público.


