A Alemanha decidiu adiar o aporte ao Fundo Florestas para Sempre (TFFF) do Brasil, citando preocupações sobre os riscos financeiros envolvidos. A decisão foi anunciada durante a Cúpula dos Líderes que precedeu a abertura da COP30, realizada em Belém, e gerou incertezas sobre a viabilidade do fundo, que visa mobilizar US$ 125 bilhões para a conservação das florestas tropicais.
O TFFF, concebido pelo governo brasileiro em parceria com o Banco Mundial, teria como objetivo arrecadar recursos de governos e investidores privados. Contudo, especialistas expressaram críticas ao modelo financeiro, argumentando que ele transfere os riscos para o setor público, o que poderia resultar em investimentos ruins e perdas para as florestas. A situação é preocupante, pois outros países, como o Reino Unido e a China, também demonstraram hesitação em investir no fundo por motivos semelhantes.
Com a cautela da Alemanha e a lenta captação de recursos, o governo brasileiro reavaliou suas metas e agora busca levantar US$ 10 bilhões em um ano para iniciar as operações do TFFF. A estrutura do fundo, que prioriza investidores privados em detrimento do capital público, levanta dúvidas sobre sua eficácia em resolver a questão do financiamento climático e a preservação das florestas tropicais.


