A advogada Flávia Fróes, ligada ao Instituto Anjos da Liberdade, esteve presente na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, em Brasília, no dia 5 de novembro de 2025. Durante a audiência, ela apresentou um projeto de lei que visa tipificar o crime de chacina e um dossiê sobre torturas supostamente ocorridas em recentes operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro. A presença de Fróes, que atua na defesa de líderes do Comando Vermelho, como Rogério 157, gerou controvérsias acerca da sua atuação na defesa de direitos humanos enquanto representa indivíduos ligados ao crime organizado.
Flávia Fróes, com um histórico de defesa de figuras do crime, como Marcinho VP, argumenta que seu trabalho não invalida sua atuação em projetos voltados para a promoção dos direitos humanos. Em suas declarações, afirmou que está empenhada em levar as demandas do Instituto Anjos da Liberdade a diferentes comissões da Casa, destacando a importância de discutir a violência policial e as violações de direitos. A audiência foi bem recebida pelo presidente da comissão, o deputado Reimont, que tem um histórico de apoio ao trabalho da ONG.
As implicações da presença de Flávia Fróes na Comissão de Direitos Humanos podem ser significativas, pois abrem espaço para um debate mais amplo sobre a atuação de advogados em casos relacionados ao crime organizado e sua relação com a promoção dos direitos humanos. A defesa de direitos por parte de advogados que representam réus acusados de crimes graves levanta questões éticas e legais, além de impactar a percepção pública sobre a advocacia criminal. A continuidade desse diálogo nas comissões do Congresso pode influenciar futuras legislações e políticas relacionadas à segurança pública e direitos humanos no Brasil.

