Emma Beddington reflete sobre a insatisfação com a utilização da inteligência artificial em substituição às interações sociais, como os clubes de leitura. Em um contexto onde pessoas recorrem ao ChatGPT para resolver desafios em escape rooms ou obter opiniões superficiais, a autora argumenta que tais práticas podem prejudicar a verdadeira experiência de socialização. Ela ilustra a questão com a experiência de um leitor que, ao usar um bot como substituto de um clube do livro, se deparou com spoilers indesejados, evidenciando a falta de autenticidade nas interações mediadas por máquinas.
A crítica se estende ao uso crescente de plataformas como o Substack, que, segundo Beddington, se enchem de ensaios gerados por IA, comprometendo a essência artesanal da escrita. O autor Will Storr, que explora a narrativa em sua própria Substack, destaca a tendência de produções que, embora pareçam profundas, carecem de substância. Essa superficialidade leva a uma experiência insatisfatória, onde o sentido e o entretenimento se perdem em meio a generalizações vagas e desinteressantes.
Por fim, o texto de Beddington sugere que, embora a tecnologia ofereça conveniência, ela não pode substituir as interações humanas genuínas que trazem alegria e significado. A reflexão sobre o papel da IA nas nossas vidas levanta questões importantes sobre o que realmente valorizamos nas relações sociais. A autora conclui que, para preservar a autenticidade da experiência humana, devemos resistir à tentação de delegar nossas interações a máquinas.