Na terça-feira (28), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, expressou sua indignação em relação à ausência do governo federal durante uma megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou em 64 mortes. Ele declarou que as forças policiais do estado enfrentam sozinhas facções criminosas, comparando a situação ao que ocorre na Faixa de Gaza. Zema enfatizou a necessidade de apoio federal, incluindo o envio de blindados para proteger os policiais envolvidos nas operações.
O governador descreveu os eventos no Rio como ‘absurdos’, ressaltando o uso de drones equipados com granadas pelos traficantes. Em resposta, o ministro da Justiça negou que tivesse recebido qualquer pedido formal do governador do Rio para apoio na operação, provocando um embate entre as esferas estadual e federal. A falta de integração entre as forças de segurança tem sido um tema recorrente nas discussões sobre o combate ao crime organizado no Brasil.
As críticas de Zema refletem uma crescente tensão entre os governos estadual e federal, destacando a necessidade urgente de uma abordagem unificada para enfrentar a violência. Além disso, as recentes declarações do presidente Lula sobre o tráfico de drogas geraram polêmica e podem ter influenciado a posição de Zema. O desdobramento dessa situação pode impactar a relação entre os estados e a União, especialmente em um ano eleitoral.

