Durante uma reunião do Conselho Europeu em Bruxelas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu que os ativos russos congelados sejam utilizados para financiar a produção e compra de armas para seu país. A declaração foi feita nesta quinta-feira, 23 de outubro, destacando a urgência de utilizar recursos de origem russa para apoiar o esforço de defesa da Ucrânia em meio ao conflito em andamento.
Zelensky argumentou que essa abordagem seria mais rápida e econômica, sugerindo que a quantia total de aproximadamente US$ 300 bilhões, congelados desde a invasão russa em 2022, deve ser direcionada para fortalecer a capacidade militar da Ucrânia. O plano contempla a utilização de saldos de títulos congelados, permitindo que a Ucrânia receba um empréstimo, que será quitado quando o país obtiver reparações da Rússia após um possível acordo de paz.
Esse movimento já teve precedentes, como a recente transação realizada com nações do G7, que emprestaram US$ 50 bilhões à Ucrânia utilizando juros de ativos russos congelados. A proposta de Zelensky, portanto, não só reflete a necessidade de recursos imediatos, mas também pode alterar a dinâmica das negociações futuras entre a Ucrânia e a Rússia, caso um acordo de paz seja alcançado.