A deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, permanece detida na Itália após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por violação ao sistema do Conselho Nacional de Justiça. Apesar de sua situação, os gastos com seu gabinete em Brasília não apenas continuam, mas têm aumentado, refletindo uma despesa de R$ 127,8 mil em maio, antes de sua licença, e chegando a R$ 103 mil no último mês.
Desde sua prisão em julho, Zambelli tem enfrentado sérios desafios, incluindo um pedido de cassação que está sendo analisado pelo Conselho de Ética da Câmara. Sua licença parlamentar, que se encerrou em outubro, resulta em um acúmulo de faltas que pode levar à perda do mandato. O advogado da deputada alega que sua situação de saúde é crítica e que a prisão italiana não oferece o tratamento necessário, o que pode configurar uma violação de acordos internacionais de direitos humanos.
Além de lidar com a condenação e os gastos do gabinete, Zambelli recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos para tentar deixar a prisão. Esse movimento ressalta a complexidade de sua situação legal e os possíveis desdobramentos que podem afetar não apenas sua carreira política, mas também a percepção pública em relação ao uso de verbas públicas em casos de detenção. O desfecho desse caso poderá influenciar significativamente a imagem do seu partido e a confiança nas instituições políticas brasileiras.

