Uma audiência judicial no Canadá está analisando se um voto não contabilizado deve anular o resultado das eleições de abril, onde a candidata liberal Tatiana Auguste venceu em Terrebonne por apenas um voto. O erro administrativo que causou a não contagem do voto foi identificado como uma falha da comissão eleitoral, que imprimiu um código postal incorreto, resultando na devolução da cédula ao remetente. A situação é especialmente tensa, pois a derrota do Bloc Québécois, do partido da candidata derrotada, Nathalie Sinclair-Desgagné, está em jogo.
As alegações em tribunal indicam que um funcionário do Elections Canada cometeu um erro ao imprimir os códigos postais em várias cédulas. Durante a disputa, a moradora que não teve seu voto contabilizado expressou sua insatisfação, destacando que seu voto poderia ter mudado o resultado. A recontagem judicial, obrigatória devido à margem estreita de vitória, culminou com a vitória de Auguste, mas a polêmica sobre a validade do resultado persiste.
O desfecho do julgamento poderá ter implicações significativas para a confiança pública nas eleições no Canadá. O advogado de Sinclair-Desgagné argumentou que validar o resultado sem considerar o voto não contabilizado seria prejudicial à democracia. Por outro lado, o advogado de Auguste defendeu que anular o resultado negaria o direito ao voto de milhares de eleitores de Terrebonne, ressaltando a complexidade e a inevitabilidade de erros em processos eleitorais.


