A Volkswagen, maior montadora europeia, anunciou um prejuízo líquido de 1,24 bilhão de dólares no terceiro trimestre de 2025, o primeiro desde o início da pandemia de covid-19. O resultado negativo é atribuído a tarifas americanas elevadas e dificuldades na adaptação de sua subsidiária Porsche à produção de veículos elétricos, mesmo com um aumento de 2,3% nas receitas anuais, totalizando 93,4 bilhões de dólares.
A companhia enfrentou uma queda nos lucros por seis trimestres consecutivos, refletindo a baixa rentabilidade dos automóveis elétricos, que, apesar de um crescimento de 33% nas vendas, continuam a ser menos lucrativos devido aos altos custos das baterias. Além das tarifas, a crise de abastecimento de semicondutores também impactou a produção, especialmente para modelos das marcas Audi e Porsche, que não fabricam nos Estados Unidos.
Para enfrentar essa situação, a Volkswagen planeja implementar um programa de economia de 6,98 bilhões de dólares até 2030 e uma significativa redução de 35 mil empregos na Alemanha, representando 29% de sua força de trabalho no país. Essas medidas visam melhorar a rentabilidade e a competitividade da montadora em um mercado automobilístico em transformação.

