Venezuela propõe romper acordos de gás com Trinidad após exercícios militares dos EUA

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O Ministério de Hidrocarbonetos da Venezuela e a estatal PDVSA recomendaram ao presidente Nicolás Maduro, em 27 de outubro, a suspensão dos acordos energéticos com Trinidad e Tobago. Essa proposta foi motivada pela recente chegada de um navio de guerra dos Estados Unidos ao país caribenho para realizar exercícios militares, o que gerou preocupações sobre a segurança e a soberania venezuelanas.

As tensões entre a Venezuela e Trinidad e Tobago aumentaram após a autorização dada pelos Estados Unidos para que a ilha explore um campo gasífero próximo à fronteira venezuelana. A vice-presidente Delcy Rodríguez criticou a primeira-ministra de Trinidad, acusando-a de aliar-se aos planos militares dos Estados Unidos e transformando o território trinitário em uma base militar. Segundo ela, a única solução viável para a região é a cooperação energética, em vez de ações belicistas.

O USS Gravely, que fará exercícios em Trinidad até o final de outubro, é uma das várias embarcações enviadas por Washington ao Caribe, aumentando a preocupação com a presença militar americana na região. A Venezuela, por sua vez, denunciou a desmantelação de uma suposta célula vinculada à CIA, que teria como objetivo atacar o navio, evidenciando a escalada nas tensões entre os dois países e suas implicações para a segurança regional.

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