O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) agendou para o dia 4 de novembro o julgamento de um recurso apresentado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) visando a cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Claúdio Castro. A inclusão do processo na pauta ocorreu em um contexto de crescente tensão, após uma operação policial que resultou na morte de pelo menos 119 pessoas, o que lança um foco adicional sobre a administração do governador.
O MPE argumenta que Castro obteve vantagens eleitorais por meio de contratações irregulares de servidores temporários e descentralização de recursos para entidades fora da administração pública. Essas alegações se baseiam em decisões anteriores do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que havia absolvido o governador e outros envolvidos em um caso de supostas irregularidades na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) durante a campanha de 2022.
A ministra Isabel Galotti é a relatora do caso no TSE. Em resposta ao parecer favorável do MPE, Claúdio Castro declarou estar confiante na Justiça, destacando que a anterior decisão do TRE foi baseada na “total inconsistência e falta de provas”. O desfecho deste julgamento pode ter repercussões significativas para a política fluminense e a estabilidade do governo estadual.


