O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou o arquivamento de um inquérito administrativo que investigava o ex-presidente Jair Bolsonaro por suas declarações sobre as urnas eletrônicas. A decisão foi tomada pela corregedora-geral Isabel Gallotti, que enfatizou a expiração do prazo legal para a abertura de novas ações, considerando o prosseguimento do inquérito como inútil. Essa investigação estava em andamento desde 2021 e envolvia alegações de desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.
O ex-presidente já foi condenado em duas ocasiões pelo TSE, resultando em sua inelegibilidade por um período de oito anos. Em uma das decisões, de junho de 2023, Bolsonaro foi punido por utilizar a estrutura pública para disseminar informações falsas sobre as eleições em uma reunião com embaixadores. A segunda condenação, em outubro de 2023, teve as mesmas razões e envolveu declarações durante as celebrações de 7 de setembro de 2022, o que reforça sua imagem negativa em relação à integridade do sistema eleitoral.
As implicações dessa decisão do TSE são significativas, pois embora o ex-presidente tenha enfrentado condenações, ele poderá retornar à arena política em 2030, quando sua inelegibilidade expirar. Além disso, o arquivamento do inquérito pode sinalizar uma diminuição nas investigações relacionadas às ações de Bolsonaro sobre as urnas, apesar de suas condenações anteriores. Essa situação mantém um clima de incerteza em relação à futura trajetória política do ex-presidente e suas estratégias em um ambiente eleitoral ainda polarizado.

