Em um cenário de crises internas e tensões geopolíticas, Donald Trump direciona suas ações para a América Latina, buscando reestruturar a influência dos Estados Unidos na região. A nova ofensiva se dá em um momento em que Washington enfrenta desafios significativos, tanto em sua política interna quanto na contenção do avanço econômico e diplomático da China, que se tornou um ator relevante no continente.
Recentemente, Trump acusou o presidente colombiano Gustavo Petro de envolvimento com o tráfico de drogas e anunciou a suspensão de subsídios a Bogotá. Essa escalada inclui uma ofensiva militar no Caribe, onde os EUA atacaram embarcações supostamente ligadas a atividades ilegais, gerando reações contundentes de Petro, que denuncia violação de soberania e até planeja um golpe de Estado por parte de Trump.
A abordagem agressiva de Trump reflete não apenas uma tentativa de restaurar a hegemonia dos EUA, mas também de atender a interesses econômicos internos, buscando garantir acesso a recursos naturais na América Latina. Diante da crescente presença chinesa na região, a estratégia de Trump pode ter implicações significativas para a dinâmica política e econômica, especialmente para países como o Brasil, que se vê em uma posição delicada entre as potências.