A administração do ex-presidente Donald Trump está aumentando as ameaças de guerra contra a Venezuela, com a justificativa de combater o tráfico de drogas. No entanto, críticos sugerem que o verdadeiro objetivo é promover uma mudança de regime, visando consolidar o poder político dentro dos Estados Unidos. Essa abordagem pode ser vista como uma tentativa de recuperar a confiança de eleitores latinos da Flórida, que estão descontentes com as deportações em massa promovidas pelo governo.
A situação na Venezuela, sob a liderança de Nicolás Maduro, é marcada por violações de direitos humanos e um regime autocrático. Apesar disso, a retórica de guerra de Trump parece focar em questões de segurança relacionadas ao narcotráfico, em vez de uma real promoção da democracia. A estratégia visa agradar a uma coalizão diversificada de apoiadores, incluindo nacionalistas, empresas de petróleo e eleitores latino-americanos que demandam políticas mais duras contra o governo venezuelano.
Embora a guerra possa oferecer uma solução temporária para a insatisfação interna, Trump enfrenta o risco de alienar eleitores que são contra intervenções militares. A administração parece disposta a explorar essa estratégia como uma forma de obter apoio doméstico, mesmo que isso signifique desconsiderar a necessidade de estabelecer um governo democrático na Venezuela. Assim, a possibilidade de um conflito militar se torna uma opção viável, com um apelo que pode ser irresistível para a base de Trump.