Trump gera incerteza sobre encontro com Xi Jinping em cúpula da Apec

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criou dúvidas sobre a realização de uma reunião com o líder chinês Xi Jinping, que estava agendada para a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), a ser realizada na Coreia do Sul, entre 31 de outubro e 1º de novembro. Durante um discurso na Casa Branca, Trump afirmou que se encontraria com Xi em “algumas semanas”, mas logo em seguida relativizou essa possibilidade, indicando que a reunião pode não ocorrer. Essa ambivalência agrava o clima de incerteza nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, que já enfrentam tensões significativas ao longo de sua gestão.

Apesar das incertezas, Trump enfatizou ter uma “ótima relação” com Xi e expressou o desejo de que a China e os Estados Unidos possam chegar a um acordo que beneficie ambas as partes. Entretanto, ele reiterou a necessidade de tarifas como uma questão de “segurança nacional”, sugerindo que a arrecadação poderia ser utilizada para reduzir a dívida americana. Nos últimos tempos, as relações entre Washington e Pequim se deterioraram, com medidas retaliatórias e retórica agressiva de ambos os lados, complicando ainda mais a situação.

As ameaças de Trump de dobrar tarifas sobre produtos chineses, em resposta a novas restrições de Pequim sobre exportações de terras raras, intensificam a tensão entre os países. A possibilidade de uma sobretaxa de 155% a ser aplicada a partir de 1º de novembro, caso um acordo não seja alcançado, coloca mais pressão sobre as negociações. A cúpula da Apec, que deveria ser um espaço para reconciliação, agora se torna um ponto de incerteza estratégica, refletindo os desafios da diplomacia americana em um cenário global volátil.

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