Trump busca influência na América Latina enquanto critica intervencionismo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, tem procurado expandir sua influência na América Latina, desafiando sua própria crítica ao intervencionismo americano no Oriente Médio. Durante seu discurso em Riade, ele condenou as intervenções, mas, desde que voltou ao cargo, tem se intrometido na política de países como Brasil, Colômbia e Argentina, gerando incertezas na região. Além disso, a mobilização naval no Caribe indica uma possível intervenção militar na Venezuela, o que tem alarmado diversos governos latino-americanos.

As ações de Trump incluem a aprovação de operações encobertas da CIA na Venezuela e a imposição de sanções econômicas a líderes opositores, como Nicolás Maduro, além de pressionar países aliados para aceitar migrantes deportados. A estratégia é vista como uma tentativa de restaurar a antiga Doutrina Monroe, reforçando a hegemonia dos EUA na América Latina. A relação com o México, por sua vez, é marcada por tensões tarifárias, enquanto Trump busca fortalecer laços com líderes favoráveis, como Javier Milei na Argentina.

Os desdobramentos dessa política de Trump podem ter implicações significativas para a estabilidade da região, especialmente considerando o histórico de intervenções malsucedidas. A possibilidade de uma nova intervenção militar na Venezuela levanta preocupações sobre a eficácia de tais ações, dado o apoio que Maduro recebe de aliados como Cuba e Rússia. Especialistas alertam que uma abordagem militarizada pode não resultar em mudanças duradouras, como já demonstrado em tentativas anteriores durante o primeiro mandato de Trump.

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