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Trump 2.0 e a crise da verdade na era da desinformação digital

Jackelline Barbosa
Tempo: 1 min.

As duas administrações de Donald Trump provocaram reações críticas distintas, refletindo uma crescente crise epistemológica. O primeiro mandato, iniciado em 2017, gerou grande preocupação sobre o destino do conhecimento objetivo, especialmente após a vitória do Brexit no Reino Unido, marcada por campanhas que distorceram fatos essenciais. Termos como “pós-verdade” e “fake news” passaram a definir o cenário político, evidenciando o impacto das redes sociais e da desinformação na confiança pública.

A popularização da expressão “fatos alternativos”, cunhada por um conselheiro presidencial, simbolizou a oficialização da mentira como ferramenta política. A mídia alinhada ao movimento MAGA amplificou as negações e distorções do presidente, enquanto os veículos tradicionais enfrentaram dificuldades para conter a propagação de informações falsas. A filósofa Hannah Arendt já alertava para o perigo de regimes totalitários que eliminam a distinção entre fato e ficção, um cenário que parece ressoar na atual conjuntura.

Esse quadro desafia a democracia liberal ao minar a autoridade do jornalismo profissional e fragmentar o consenso sobre a realidade. A continuidade dessas dinâmicas pode aprofundar a polarização e enfraquecer instituições democráticas, exigindo novas estratégias para combater a desinformação e restaurar o valor da verdade no debate público.

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