Os tiroteios em massa nos Estados Unidos ocorrem com frequência alarmante, muitas vezes recebendo atenção limitada da mídia antes de serem substituídos por outras notícias. Um exemplo recente é o ataque à igreja mórmon em Michigan, onde o suspeito, motivado por um rompimento pessoal e conflitos religiosos, matou pelo menos quatro pessoas e feriu oito. Esses atos são cometidos por indivíduos isolados, frequentemente com histórico de instabilidade mental e acesso a armas.
A cobertura midiática rapidamente se transforma em um jogo de acusações entre republicanos e democratas, que buscam responsabilizar o lado oposto mesmo antes de informações completas sobre os autores estarem disponíveis. Essa polarização política, destacada por figuras como Jon Stewart, tem substituído o ciclo tradicional de choque e luto por um debate partidário que ofusca as vítimas e impede avanços concretos na prevenção desses crimes.
O fenômeno revela uma sociedade cada vez mais dividida, onde a banalização da violência armada e a disputa política dificultam a adoção de medidas eficazes para conter os tiroteios. A insistência em nomear os autores pode alimentar a notoriedade que eles buscam, enquanto a mídia e os políticos permanecem presos a narrativas polarizadas, comprometendo a atenção às vítimas e à segurança pública.