Taxas de vale-refeição oneram restaurantes mais que cartões e Pix

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Uma pesquisa conduzida pelo Ipsos-Ipec revela que as taxas cobradas dos restaurantes pelas empresas de benefícios para pagamentos com vale-refeição são significativamente mais altas do que as praticadas por operadoras de cartões de crédito. Em média, a taxa de vale-refeição atinge 5,19%, enquanto que em cidades como Salvador e Recife, esse valor pode chegar a 6,21%. Em contraste, as taxas para pagamentos com cartões de crédito e débito são de 3,22% e 2%, respectivamente, e apenas 1,64% para transações via Pix.

O vice-presidente da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Fernando de Paula, destaca que as taxas elevadas impactam negativamente a margem de lucro dos restaurantes e, consequentemente, a inflação dos alimentos. Ele defende que a regulamentação da interoperabilidade e portabilidade do vale-refeição, juntamente com a adoção de um sistema de pagamentos mais aberto, poderia resultar em redução significativa dessas taxas. Isso beneficiaria tanto os estabelecimentos quanto os consumidores, promovendo um ambiente econômico mais saudável.

Essas descobertas levantam questões importantes sobre a estrutura de custos do setor de alimentação e as implicações para os preços ao consumidor. A adoção de medidas regulatórias poderá não apenas aliviar a pressão financeira sobre os restaurantes, mas também contribuir para uma redução na inflação dos alimentos. O debate sobre o tema promete se intensificar à medida que mais dados sobre o impacto das taxas se tornem disponíveis.

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