Em setembro de 2025, a taxa média de juros do crédito consignado privado no Brasil alcançou 58,4% ao ano, um aumento em relação aos 56,3% registrados em agosto. As concessões desse tipo de crédito para trabalhadores do setor privado cresceram 5,5%, totalizando R$ 6,399 bilhões, conforme divulgado pelo Banco Central. O incentivo vem do novo modelo de consignado, chamado Crédito do Trabalhador, introduzido pelo governo no final de março.
Apesar do crescimento nas concessões, a alta nas taxas de juros reflete a adaptação das instituições financeiras ao novo modelo e o crescente interesse pelo segmento. O saldo do Crédito do Trabalhador subiu 9,6% em agosto, atingindo R$ 59,457 bilhões. Um estudo do Banco Central indicou que, embora a nova modalidade de consignado privado tenha taxas superiores ao consignado tradicional, ainda é mais atraente do que o crédito pessoal não consignado.
O governo espera que a implementação do Crédito do Trabalhador leve os tomadores a migrar para opções com juros mais baixos, mitigando assim os impactos da alta atual. A transição para um modelo de crédito mais acessível pode ser benéfica em médio e longo prazo, mas a tendência de aumento nas taxas de juros demanda atenção. A evolução desses indicadores será crucial para a saúde financeira de muitos trabalhadores brasileiros nos próximos meses.