A Suprema Corte de Israel decidiu, em 23 de outubro de 2025, adiar em 30 dias a audiência relativa ao pedido da Associação de Imprensa Estrangeira (FPA) para garantir o acesso independente de jornalistas em Gaza. O adiamento foi justificado pelos juízes devido ao cessar-fogo aprovado em 9 de outubro, que exige uma nova análise do pedido. O governo israelense agora tem mais tempo para apresentar sua resposta à corte.
Desde o início do conflito em outubro de 2023, Israel impôs restrições rigorosas à entrada de repórteres estrangeiros em Gaza, argumentando que isso representa um risco tanto para os jornalistas quanto para os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF). A petição da FPA, protocolada em 2024, destaca que a proibição de acesso é uma violação grave e desproporcional da liberdade de imprensa. Até o momento, Israel já solicitou sete adiamentos para responder ao pedido, todos aceitos pela Suprema Corte.
A FPA manifestou sua decepção com a decisão da corte e expressou esperanças de que o novo prazo não sofra mais prorrogações. O grupo reiterou seu apelo por acesso imediato a Gaza, enfatizando a importância da liberdade de imprensa em contextos de conflito. O desdobramento dessa situação poderá impactar a cobertura jornalística da região e a percepção internacional sobre a liberdade de expressão em áreas de tensão.

