A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em 29 de outubro, manter a condenação do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, por improbidade administrativa. Esta decisão está relacionada a um dos processos da Operação Caixa de Pandora e foi proferida durante um julgamento virtual no dia 13 do mesmo mês. A condenação de Arruda se refere a irregularidades em contratos envolvendo a empresa Linknet, que prestou serviços ao governo do DF.
Durante a análise, os ministros do STJ rejeitaram o recurso da defesa de Arruda, que buscava a anulação da condenação após a Justiça Eleitoral ter anulado uma das escutas ambientais usadas como prova por um delator. No entanto, os magistrados enfatizaram que a condenação não se baseou exclusivamente nessa escuta, mas também em evidências documentais e testemunhais que corroboram a prática de improbidade. Assim, Arruda permanece inelegível devido a condenações anteriores relacionadas ao esquema de corrupção de seu governo em 2009.
A Agência Brasil entrou em contato com a defesa do ex-governador, aguardando uma manifestação oficial sobre a decisão. A confirmação da condenação pelo STJ representa mais um desdobramento no caso, que continua a repercutir na política do Distrito Federal, refletindo questões mais amplas sobre a corrupção e a responsabilidade dos agentes públicos em suas ações administrativas. O caso de Arruda permanece emblemático nos debates sobre ética e transparência na política brasileira.