Em 2023, às vésperas de sua aposentadoria, a ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal (STF) realizou uma sessão virtual onde se manifestou a favor da descriminalização do aborto. Após sua apresentação, o ministro Luis Roberto Barroso pediu vista, interrompendo o julgamento e criando um impasse sobre a questão. Essa manobra, considerada por muitos como uma farsa, gerou repercussões significativas dentro da corte.
O processo se repetiu em um novo ato, onde Barroso, em seu último dia no STF, liberou o caso para votação em outra sessão virtual. Mais uma vez, como parte de um acordo tácito, o ministro Gilmar Mendes pediu vista, congelando a análise do tema. Essas interrupções levantam questões sobre a transparência e a dinâmica de decisões no tribunal, especialmente em temas sensíveis como o aborto.
As movimentações no STF em torno da descriminalização do aborto refletem a complexidade do debate jurídico e social no Brasil. A continuidade desse entrave jurídico poderá impactar não apenas a agenda do tribunal, mas também a discussão pública sobre os direitos reprodutivos no país. A expectativa agora recai sobre os próximos passos dos ministros e as possíveis consequências de suas decisões.