O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira, 21 de outubro, o julgamento de sete réus do denominado núcleo 4 da trama golpista. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, votou pela condenação, afirmando que o grupo usou a Abin e o GSI para perpetuar ações de desinformação e atacar as instituições democráticas, buscando justificar uma intervenção após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022.
Moraes descreveu a organização como parte de um movimento de “populismo digital extremista”, que utilizou redes sociais para disseminar teorias conspiratórias e incitar ódio contra o sistema eleitoral. O voto do relator foi acompanhado pelo ministro Cristiano Zanin, estabelecendo um placar inicial de 2 a 0 pela condenação, enquanto o julgamento será retomado com os votos de outros ministros, incluindo Luiz Fux e Cármen Lúcia.
As implicações desse julgamento são significativas, uma vez que o grupo é acusado de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O caso destaca o uso indevido de estruturas estatais para deslegitimar a Justiça Eleitoral, evidenciando a gravidade das ações que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes em janeiro de 2023. O desdobramento do julgamento pode moldar o futuro do processo democrático no Brasil e a responsabilização de indivíduos envolvidos em ações criminosas contra o Estado.