Na última terça-feira, 21 de outubro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento de sete réus do núcleo de desinformação da trama golpista. Os ministros consideraram que os condenados criaram e espalharam notícias falsas sobre as urnas eletrônicas com o objetivo de gerar instabilidade política e justificar ações autoritárias após as eleições de 2022.
O julgamento revelou também o uso inadequado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que foi supostamente utilizada para produzir e disseminar fake news e para monitorar ilegalmente autoridades. Até o momento, a Primeira Turma já havia condenado outros réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, a 27 anos e 3 meses de prisão por comandar a tentativa de golpe de Estado, além de outros integrantes envolvidos na mesma trama.
Os próximos julgamentos incluem o chamado núcleo 3, composto por nove militares e um agente da Polícia Federal, acusados de ações que poderiam ter levado a uma ruptura institucional. O desdobramento desses processos pode ter consequências profundas para a política brasileira, especialmente em um momento em que a estabilidade democrática é crucial para o país.