Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, afirmou que pretende revisar a forma como a Convenção Europeia dos Direitos Humanos (ECHR) é interpretada pelos tribunais britânicos para combater o aumento das travessias ilegais por pequenas embarcações. Conhecidas por ele como “barcos Farage”, essas travessias cresceram significativamente desde o Brexit. A declaração foi feita logo após a conferência do partido, sinalizando uma mudança na abordagem legal para facilitar deportações.
Starmer responsabilizou a saída do Reino Unido da União Europeia pelo aumento no número de pessoas tentando cruzar o Canal da Mancha em embarcações precárias. Ele criticou decisões judiciais recentes que, segundo ele, interpretam a ECHR de maneira que impede a remoção rápida de migrantes irregulares. O líder trabalhista defende, contudo, a permanência do Reino Unido na convenção, mas quer ajustar sua aplicação para garantir maior controle das fronteiras.
A iniciativa pode gerar debates intensos sobre direitos humanos e políticas migratórias no país, especialmente em um contexto político sensível pós-Brexit. A revisão proposta por Starmer indica uma tentativa de equilibrar compromissos internacionais com demandas internas por segurança e controle migratório, podendo influenciar futuras decisões judiciais e políticas governamentais.