A Somália enfrenta um período crítico com a disputa eleitoral que pode comprometer a estabilidade do país. O governo do presidente Hassan Sheikh Mohamud planeja mudanças no sistema eleitoral para as eleições de 2026, mas enfrenta oposição de políticos e dos estados de Puntland e Jubaland, que acreditam que as mudanças visam beneficiar a reeleição do presidente. Essa situação gera crescente tensão em Mogadishu, onde conflitos entre forças de segurança já resultaram em mortes recentes.
A proposta de um novo modelo eleitoral, que busca abolir o sistema de votação indireta, levanta questões sobre a capacidade do governo em conduzir um processo democrático eficaz. A atual configuração política da Somália, marcada por divisões internas e a atuação de grupos extremistas como o Al-Shabaab, torna o ambiente ainda mais volátil. Observadores alertam que a falta de um consenso sobre as eleições pode resultar em violência e desestabilizar os avanços feitos na construção do estado.
À medida que os doadores internacionais demonstram impaciência com a situação política, a Somália precisa urgentemente encontrar soluções para a crise atual. A realização de eleições pontuais e a busca por um entendimento entre o governo e os estados autônomos são essenciais para garantir a continuidade do apoio internacional. Sem uma abordagem colaborativa, o país pode enfrentar mais divisões e dificuldades, impactando diretamente a vida da população somali.


