Síria arrecada bilhões para reconstrução, mas transparência é questionada

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Desde agosto, diversas cidades da Síria têm realizado campanhas de arrecadação, levantando mais de R$ 2,7 bilhões. Esses esforços visam a reconstrução do país após mais de dez anos de guerra civil, mas geram controvérsias sobre a gestão dos recursos e a origem das doações. Críticos levantam questões sobre a transparência nas campanhas, que incluem doações substanciais de empresários e até de organizações internacionais.

A arrecadação na região de Idlib, por exemplo, foi expressiva, com cerca de 208 milhões de dólares em apenas 24 horas, mas a verificação independente dos dados é complicada. A falta de clareza sobre como o dinheiro será investido na reconstrução alimenta o ceticismo sobre as intenções por trás das campanhas. Observadores apontam que algumas doações podem ser, na verdade, repasses de orçamentos já existentes, o que comprometeria a legitimidade dos esforços de arrecadação.

À medida que as campanhas avançam, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos. Apesar do entusiasmo inicial, muitos sírios permanecem céticos, questionando se os montantes arrecadados realmente contribuirão para a recuperação do país a longo prazo. O Banco Mundial estima que os custos para a reconstrução total da Síria podem alcançar 216 bilhões de dólares, o que levanta a dúvida sobre a eficácia das atuais iniciativas de financiamento coletivo.

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