O governo dos Estados Unidos entrou em shutdown a partir da meia-noite desta quarta-feira (1º), após o fracasso das negociações entre republicanos e democratas sobre o orçamento federal. A paralisação parcial suspende serviços públicos considerados não essenciais, enquanto atividades essenciais, como segurança nacional e operações militares, continuam funcionando. Esta é a primeira paralisação do tipo em quase sete anos.
O impasse decorre da falta de acordo sobre a renovação do financiamento federal. Os republicanos defendem uma extensão temporária sem alterações, enquanto os democratas condicionam o apoio à inclusão de medidas relacionadas à saúde, como créditos tributários para planos do Obamacare e a reversão de cortes no Medicaid. A duração do shutdown é um fator crucial para os impactos econômicos, que podem ser significativos caso a paralisação se estenda.
Historicamente, shutdowns nos EUA são comuns devido ao sistema político que exige aprovação orçamentária pelo Congresso e sanção presidencial. O último shutdown prolongado, em 2018-2019, reduziu o PIB americano em cerca de US$ 11 bilhões. Além disso, a paralisação afeta a divulgação de dados econômicos importantes e setores dependentes do governo, como turismo em parques nacionais. Com as eleições legislativas de 2026 se aproximando, o impasse pode se prolongar, elevando a taxa de desemprego e aumentando a incerteza nos mercados.