Shell registra lucros acima de US$ 43 bilhões com produção recorde

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A Shell, uma das maiores empresas de combustíveis fósseis do mundo, reportou lucros que superam US$ 43 bilhões até o momento neste ano, impulsionados por aumentos significativos na produção de petróleo. O desempenho se destaca especialmente no Golfo do México, que alcançou um nível de produção recorde em 20 anos, e no Brasil, onde novos marcos foram estabelecidos. No terceiro trimestre, a empresa registrou ganhos de US$ 5,4 bilhões, representando um crescimento de 27% em comparação ao trimestre anterior.

Apesar do aumento nos lucros, o resultado ainda foi inferior aos US$ 6 bilhões do mesmo período do ano passado, o que levanta questionamentos sobre a sustentabilidade do crescimento da empresa. Além disso, a Shell planeja reinvestir em seus próprios papéis pela 16ª vez consecutiva, uma estratégia que tem gerado críticas de grupos de protesto. Estes manifestantes descrevem os lucros da empresa como um ‘horror show’, enfatizando a crescente preocupação com os impactos ambientais da produção de combustíveis fósseis.

As implicações dessa situação são significativas, refletindo um dilema entre a rentabilidade das grandes empresas de petróleo e a pressão crescente por uma transição energética. O cenário atual pode influenciar futuras decisões de políticas energéticas e a percepção pública sobre o papel das empresas de combustíveis fósseis na crise climática. À medida que a Shell continua a expandir suas operações, o debate sobre sustentabilidade e responsabilidade corporativa deve intensificar-se.

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