Setor produtivo deve se impor mais que mercado financeiro, afirma Cavalcanti

Bianca Almeida
Tempo: 2 min.

Marcus Cavalcanti, secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), afirmou que o setor produtivo brasileiro precisa se tornar mais assertivo em suas reivindicações durante evento no dia 23 de outubro de 2025. Ele enfatizou que a voz do setor deve ser mais forte do que a do mercado financeiro, representado pela Faria Lima, para garantir que suas necessidades sejam adequadamente atendidas. Cavalcanti fez essas declarações durante a abertura do 12º Encontro da Associação de Terminais Portuários Privados, sublinhando a importância de uma representação robusta nas discussões econômicas.

A necessidade de fortalecer a voz do setor produtivo surge em um contexto de altas taxas de juros, que atualmente estão em 15% ao ano. Essa situação torna os empréstimos e financiamentos mais caros, o que reduz o apelo de projetos de longo prazo, como a construção de ferrovias e indústrias. Cavalcanti observou que, apesar da expectativa de redução das taxas, a alta ainda impacta negativamente a viabilidade de novos investimentos, dificultando a articulação de concessões e privatizações pelo PPI.

As declarações de Cavalcanti refletem um descontentamento crescente em relação à influência do mercado financeiro nas decisões de política econômica, um ponto também ressaltado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula tem defendido a universalização de programas sociais, como o Pé-de-Meia, argumentando que a luta contra o peso do mercado é crucial para garantir investimentos em áreas essenciais, como educação. Essa interação entre o governo e o setor produtivo pode moldar futuras políticas econômicas no Brasil.

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