A nova série “Tremembé” do Prime Video, que dramatiza a vida de detentos envolvidos em crimes famosos, provoca discussões sobre a remuneração dos criminosos retratados. O lançamento está previsto para 31 de outubro de 2025, gerando questionamentos sobre a ética na representação de tais histórias e a legislação sobre enriquecimento ilícito.
A produção traz à tona casos que marcaram a crônica policial brasileira, como os de Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga, e ocorre no contexto da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em São Paulo. Especialistas em direito afirmam que, embora a lei impeça que criminosos lucrem diretamente com suas histórias, há nuances que permitem a remuneração em certas circunstâncias, o que levanta questões sobre direitos autorais e a relação entre mídia e justiça.
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal em 2015, que autorizou a produção de obras sobre figuras públicas, incluindo criminosos, o debate sobre a liberdade de expressão e o interesse público se intensificou. “Tremembé” reabre essa discussão, refletindo sobre os limites éticos do entretenimento baseado em crimes reais e as consequências para a memória coletiva do país.

